quarta-feira, março 18, 2015

Depoimentos recolhidos na estréia de Cascaes, no hall do Masc - Museu de Arte de Santa Catarina

Por Kelcilane Silva* O espetáculo Cascaes: Memórias do Homem de Argila Crua propicia ao público uma agradável viagem ao universo da ilha da magia que Franklin Cascaes criou e recriou. Essa perspectiva só foi possível porque há uma sintonia entre a vida e a obra de Cascaes, de tal maneira que, em pouco mais de uma hora, ouvimos sobre o nascimento do artista à criação da vassoura bruxólica e muito mais. Os três artistas no palco empolgaram a plateia através de uma apresentação ágil, lúdica e emocionante. À medida em que a encenação prosseguia, os alunos correspondiam com olhares fascinados, evidenciando o resgate do fantástico da ilha da magia. Os atores “metamorfosearam-se” em protagonistas dos contos de Frankolino, envolvendo um público composto por 85 alunos de idades diferentes. Jovens que foram surpreendidos com questionamentos pertinentes ao contemporâneo, envolvendo questões da modernidade como desmatamento. É imprescindível que as escolas assistam ao espetáculo, pois ele só contribui para a formação cultural dos alunos. *Kelcilane Silva é professora de Literatura e Redação do Colégio Estimoarte, em Florianópolis, e assistiu a estreia do espetáculo Cascaes, no hall do MASC. Cascaes resgata identidade A peça teatral “Memórias do Homem de Argila Crua”, com a sua didática impregnada de poesia, parece se moldar à obra de Franklin Cascaes. Dessa forma, torna-se um instrumento dos mais eficazes de divulgação da enorme riqueza cultural deste “pedacinho de terra”. Florianópolis, ou melhor, Nossa Senhora do Desterro, teve as suas raízes açorianas expostas através da arte de Cascaes, e nunca é demais lembrar que a Magia da Ilha vai muito além de sua já desbotada imagem de paraíso artificial: é uma questão de identidade. Por Marcos Carletto Autor do Blog ITALIANARTE: italianarte.weebly.com

Um comentário:

Bianca Juraski Camillo disse...

Prezados (as)!
Parabenizo-os pela excelente apresentação no município de Xanxerê-SC. Por intermédio dela, foi possível a mim e à minha família, conhecer um pouco da vida e obra de um genuíno artista que não conhecíamos. O profissionalismo de vocês e o modo como a peça foi encenada, além da riqueza dos objetos que compunham o cenário, permitiu-nos, por um momento, deixar o local onde fisicamente estávamos e sermos transportados àquele mundo mágico que nos era mostrado. Portanto, a arte cumpriu, soberanamente, o seu papel catártico, ao proporcionar magia e encantamento. Sem contar do ensejo de reflexão das questões contemporâneas como o individualismo, a cisão homem/natureza, a qual deve ser falada, refletida e levada à sério pelas implicações que traz a todos nós, enquanto indivíduos e enquanto sociedade.
PARABÉNS e continuem sempre divulgando a arte e a cultura, irradiando alegria, provocando reflexões!
Registro, aqui, nossos respeitosos cumprimentos e nossa admiração!