quarta-feira, maio 17, 2006

Cia. Aérea de Teatro



Novo Trabalho:
Valsa Aérea - a valsa nº6 de Nelson Rodrigues
Agenda:
Estréia: Lages no Teatro Marajoara de 24/05/06 a 28/05/06
Convites na fundação de cultura ou no local
Festival de teatro Universitário de Blumenau
de 07/07/06 a 15/07/06
Espetáculo selecionado para mostra competitiva.
Sobre o Espetáculo e o Grupo:

Nelson Rodrigues, autor seminal do Teatro Brasileiro, criador de uma dramaturgia sem precedentes na história de nosso teatro, permanece, ainda hoje, como o nosso mais expressivo dramaturgo. A “Valsa n° 6”, escrita em 1951, é seu único monólogo. Inflada de poesia, é uma metáfora da vida e da morte. A personagem Sônia, adolescente de 15 anos, está só a procura de reconstituir, a partir de algumas pistas, o que lhe aconteceu. Enquanto procura, a personagem traz à cena todo seu universo adolescente. Sua figura é cheia de contradição: numa idade permeada de mudanças, a personagem se desconhece e procura saber quem é Sônia. Quando esta se revela, a personagem se encontra, e este, tragicamente, é o seu fim. Como em toda poesia, sua simples narração não faz jus ao que ela pode suscitar.
É nesse sentido que a Companhia Aérea de Teatro entende a representação de “ Valsa n° 6”, dando carnação ao “poema” e indo de encontro ao espectador ao revelar o delicado mundo de Sônia, através da interpretação tripartida da personagem, evidenciando seus muitos estados de consciência. Para isso o grupo lança mão de sua técnica em Teatro Aéreo, inserindo o espectador “dentro da obra”, e explorando a ambientação cênica em 3 planos: solo, nível médio e teto, com múltiplas variáveis de movimentação no espaço. A Cia. Aérea já vem trabalhando com esta técnica desde 2003, que tem como criador o famoso grupo argentino De La Guarda e acredita que a união do Aéreo (usando técnicas de alpinismo) e do Terreal (dado pela construção dramática da personagem pelas atrizes) soará a Valsa com um frescor juvenil capaz de conquistar um público mais jovem, não-iniciado, na poesia de nosso singular dramaturgo. Para isso contará com uma estrutura móvel capaz de se deslocar para periferias e lugares desprovidos de salas teatrais.
Conforme diz o crítico de arte João Otávio Neves Filho (Janga): “Ao promover eventos culturais as empresas além de estarem cumprindo um papel de extrema relevância para sociedade, estão ao mesmo tempo utilizando-se da melhor forma de comunicação entre empresa e o cliente. A associação entre o nome da empresa e produtos culturais de qualidade estabelece uma sutil forma de comunicação entre o cliente do evento cultural e a empresa que o patrocina. Funcionando de forma indireta, essa forma de marketing é sem dúvida a mais eficiente para promover a imagem institucional da empresa que se beneficia assim duplamente. No caso do espetáculo Valsa n° 6, trata-se de uma obra do mais importante dramaturgo nacional, que será encenada de forma ousada, por um dos grupos mais promissores do jovem teatro catarinense. A qualidade inquestionável da proposta não deixa a menor dúvida de que o retorno para um possível investidor será líquido e certo”.