quinta-feira, junho 22, 2006


Teatro aéreo 21/06/06

Admito que foi com certa empolgação que me dirigi ao Teatro Multiuso, em São José, ontem, para assistir ao espetáculo Valsa Aérea, a Valsa nº 6 de Nelson Rodrigues, da Cia. Aérea de Teatro. Recebi a sinopse da encenação, li algumas críticas e esperava boa coisa. E foi boa coisa o que vi. O espetáculo é diferente, um tanto inusitado e interage com a platéia. A começar pela forma de assistir à peça. O público não fica sentado nas poltronas, vendo de fora, como se assistisse a um filme. Não, ele sobe ao palco e é de lá que confere a apresentação. Não há cenário, apenas a personagem e jogos de luzes que conduzem o olhar do espectador.


A peça foi escrita por Nelson Rodrigues em 1951, único monólogo do escritor, e o grupo optou por representar a personagem através de três atrizes, como se cada uma fosse um diferente eu daquela adolescente perturbada e confusa.
E não é só aí que o grupo inova. Chama-se Cia. Aérea de Teatro porque a peça se dá, em muitos momentos, no ar. As atrizes revezam-se no alto de uma saia de dois metros, transformando a encenação também em acrobacia ou balé.
Foi um espetáculo que agradou a todos os presentes, não teve quem não deixasse, ao final da apresentação, seus parabéns à equipe. Quero parabenizar também a Cia. Aérea de Teatro, as atrizes (bailarinas e trapezistas) Christiane Martins, Luiza Lorenz e Margô Ferreira, e deixar um agradecimento à Gika Martins, pelo contato e convite.

Quem quiser conhecer mais o espetáculo e o grupo Cia. Aérea de Teatro pode acessar o endereço ciaaereadeteatro.blogspot.com. E pra finalizar, aproveitem que a peça continua em cartaz até quinta-feira (22) e assistam. Informações em nossa página de espetáculos.

Daise Ribeiro

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